2. O que é o Transtorno de Ansiedade Generalizada?
3. Quais os sintomas do transtorno de ansiedade?
4. O que são as crises de ansiedade ou crises de pânico?
4.1 Como ocorrem as crises
4.2 Por que ocorrem crises
4.3 O que fazer em uma crise de ansiedade?
5. O que leva alguém a desenvolver ansiedade
6. Existe tratamento para ansiedade?
6.1 Psicoterapia pode ajudar
7. Existe remédio para ansiedade?
8. Existe um teste de ansiedade?
A ansiedade é uma resposta temporária, natural e completamente normal do corpo a situações que causam muito estresse.
A ansiedade controlada, aquela que sentimos quando estamos próximos ao acontecimento de algum evento importante, como uma promoção no emprego, por exemplo, pode ser considerada normal.
No entanto, de maneira excessiva pode se tornar uma doença, que é conhecida como transtorno de ansiedade generalizada.
Este quadro faz com que o indivíduo tenha sintomas de preocupação, medo extremo diante de situações simples da rotina, irritação, dificuldade de concentração, tensão muscular entre outros sintomas desagradáveis.
Esse transtorno acontece quando a ansiedade deixa de ser temporária e passa a ser muito frequente.
É quando a ansiedade deixa de ser algo bom para ser um quadro patológico, interferindo negativamente na vida cotidiana, fazendo com que a pessoa apresente preocupação e medo mesmo em momentos que não seriam considerados estressantes, como entrar em um elevador, conversar com um desconhecido ou, simplesmente, sair de casa.
Este tipo de transtorno tende a piorar com o tempo, especialmente quando não é feito tratamento algum e, por isso, pessoas com transtorno de ansiedade têm maior risco de desenvolver depressão, assim como outras doenças do âmbito psíquico.
Veja também Depressão: entenda melhor o que é, quais as causas e os sintomas.
Os principais sintomas de transtorno de ansiedade são:
A crise de ansiedade é o momento em que os sintomas ansiosos chegam ao seu ponto máximo. Nesse momento, pode ocorrer um surto abrupto de muito medo ou desconforto em uma situação ansiosa.
Muitas vezes a crise vai surgindo lentamente, à medida que alguma situação estressante se aproxima, mas também pode surgir a partir de um estado de calmaria do indivíduo.
Pessoas que passam por essa situação de ataques de pânico têm grandes dificuldades de lidar com isso no seu dia a dia, já que sofrem com o medo de que as crises possam voltar a qualquer momento.
O indivíduo fica a maior parte do seu dia em estado de alerta, acreditando que repentinamente pode ter aquela mesma sensação desagradável da última crise de pânico e justamente por esse motivo, aumenta a chance de nova crise de ansiedade caso o indivíduo não esteja passando por tratamento adequado.
A intensidade da crise de ansiedade pode variar bastante de uma pessoa para a outra, mas mesmo as menos intensas são momentos que causam grande desconforto para quem as sentiu.
Há várias situações que podem levar a uma crise de ansiedade, que são conhecidas como “gatilhos”. No entanto, isso varia muito de pessoa para pessoa.
No caso dos transtornos ansiosos, normalmente os gatilhos estão relacionados a situações fóbicas. Eventos estressantes, porém, também podem levar a crises ansiosas. Como exemplo, a atual pandemia de covid-19, que tem gerado uma ampliação dos casos de ansiedade e doenças mentais.
Há sempre algo que pode ser feito imediatamente para lidar com os sintomas. Primeiro, é importante controlar a respiração e tentar se distrair.
Se estiver com alguém conhecido, tente começar uma conversa e prestar atenção somente nela. Se estiver sozinho, pode tentar cantar uma música, recitar uma história.
Em vez de tentar se livrar dessa ansiedade imediatamente, deve-se pensar qual é o jeito de respeitar esse sentimento e aliviar minimamente a carga do que estamos sentindo para poder seguir.
Tentar controlar uma crise causada por uma situação de incerteza em relação ao futuro, em que já se tem pouco controle, pode piorar ainda mais a situação.
A longo prazo, é realmente necessário o tratamento adequado para diminuir o número de crises e melhorar a qualidade de vida.
O melhor é, com o passar do tempo, buscar reduzir o número de crises de ansiedade e minimizar os seus efeitos negativos, por meio de tratamento adequado. É importante aprender a identificar em si qual o momento mais propenso às crises.
Tente conversar com alguém confiável, que dê suporte e fique disponível ao seu lado, até que você alcance as condições necessárias para uma melhoria, sem cobrar que a situação seja resolvida logo.
Fatores de risco para o desenvolvimento de quadros de ansiedade de um modo geral:
O tratamento para ansiedade se baseia em vários pilares, dois profissionais que podem ajudar muito são o psicólogo e o médico psiquiatra.
De um modo geral, o psicólogo fará a psicoterapia e o psiquiatra prescreverá as medicações.
Mas não só isso, esses profissionais terão um papel fundamental no tratamento já que serão capazes de auxiliar o paciente para praticar a alimentação adequada, repouso noturno satisfatório, relações interpessoais agradáveis, atividade física de forma regular, entre outras iniciativas
Os profissionais vão auxiliar na forma como o paciente vê o mundo e o entendimento sobre o adoecimento psíquico. Tudo isso vai mudar de forma positiva o prognóstico da doença.
A psicoterapia consiste na realização de sessões em consultório, do psicólogo ou do psiquiatra, que tem como objetivo ajudar a identificar a razão da ansiedade e desenvolver ferramentas ou capacidades que ajudem a lidar com o estresse excessivo.
Nos casos mais leves, a realização de psicoterapia pode ser suficiente para aliviar o transtorno de ansiedade, não sendo necessário o uso de medicamentos.
No início do tratamento, o psiquiatra pode prescrever o uso de medicações chamadas popularmente de antidepressivos (há uma classe longa de antidepressivos, os mais conhecidos são os ISRS – Inibidores Seletivos de Recaptação de serotonina) e, caso necessário, complementar com o uso de remédios para ansiedade, conhecidos popularmente como ansiolíticos, que não devem ser usados por longos períodos devido ao seu potencial viciante.
Os ansiolíticos são as benzodiazepinicos como: o clonazepam (famoso rivotril), alprazolam (famoso Frontal), diazepam, entre outros. Em geral, atuam no cérebro modulando alguns neurotransmissores que ajudam a relaxar e regular o aparecimento dos sintomas.
No entanto, estes medicamentos podem causar vários efeitos colaterais mais graves e, por isso, devem ser usados com cautela e claro, sob orientação de um médico psiquiatra.
Além dos antidepressivos e ansiolíticos, o médico também pode indicar outros medicamentos de acordo com os sintomas de cada pessoa e avaliando sua individualidade.
Apenas testes informais. Não são diagnósticos.
Processos de avaliação psicológica, psiquiátrica e de diagnósticos de saúde mental são absolutamente complexos e requerem uma investigação diagnóstica e a avaliação de um profissional.
Na internet, você sempre pode encontrar inúmeras páginas que disponibilizam testes de ansiedade para verificar se é necessário procurar ajuda especializada ou não.
Apesar de muitas pessoas considerarem esses testes um bom termômetro do nível de ansiedade, não se devem levar os resultados como diagnóstico definitivo, ok?
E então? Já consegue entender melhor o que é ansiedade? Pois continue acompanhando as publicações para conhecer mais outras doenças do âmbito psíquico.
Dr. Delano Freire – Psiquiatra – CRM 206018 – RQE 81520